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Escravo de si mesmo


Nosso senso de liberdade é deturpado, em partes por uma questão filosófica de “não satisfação” e também por uma questão política que nos faz acreditar que somos livres, quando na verdade temos grilhões em nossos pés.


O conceito mais comum de liberdade para nós é o “ser independente”, consideramos livre uma pessoa que é dona de si mesma, não deve satisfações à ninguém e faz o que quer de sua vida. Porém, um filósofo prussiano chamado Immanuel Kant, acredita que: o homem que faz tudo o que quer, é escravo de si mesmo (parafraseando). Sendo assim, somos levados a analisar isso também por uma segunda perspectiva: Quando nós nos tornamos os senhores de nós mesmos.


Se levarmos em consideração o que o Apóstolo Paulo fala em Romanos 7:19, entenderemos que o homem não foi feito pra ser o dono de si mesmo e talvez pra você que não é cristão essas palavras soem estranhas, mas vou logo explicar.


Em Gênesis 3 a bíblia relata a história da queda de Adão e Eva, o que a teologia chama de “pecado original”, que nada mais é que vaidade que move o ser humano a total independência de Deus. Quando Deus diz a Adão que não coma daquele fruto em especifico, Ele cria uma lei e não a cria apenas como delimitadora de conhecimento – afinal isso tem mais a ver com a nossa insegurança humana de perder nosso lugar, não com um Deus Todo Poderoso – mas a cria para nos proteger de nós mesmos e é exatamente isso que Paulo de Tarso relava milhares de anos depois em Romanos capítulo sete.


Se tenho por certo que meu coração é enganoso (Jeremias 17:9) e que faço aquilo que não quero mesmo contra a minha vontade, não seria estranho eu creditar toda uma noção de liberdade na obediência que eu tenho a mim mesmo? Ou seja, só sou livre se faço o que quero.


Com isso eu concluo que liberdade não é a posição de quem faz o que quer, mas de quem é livre pra fazer o que deve. Os comerciais publicitários fazem direitinho seu trabalho de alienação, colocando um jovem bonito na estrada com seu carro bacana, abrindo os braços pra um horizonte sentado no seu capô e fumando um cigarro. E, pasme, essa definição de liberdade é tão convincente que você olha pra esse cara e diz: “Maldito sortudo, ele é livre”.


Essa noção de liberdade trouxe como resultados à nossa sociedade um grande índice de divórcios, pois o casamento torna-se uma prisão pra quem quer viver para si, trouxe também uma gama de filhos desobedientes, pois torna-se ridículo o fato de dar satisfação aos meus pais em plena adolescência. Por fim – apenas para poupa-lo de um texto longo – essa noção de liberdade afastou diversas pessoas da igreja, pois viver em comunidade é ultrajante para quem é dono de si mesmo. Nada de “Pai nosso”, eu quero um “pai meu” e se alguém que me ama me cobrar qualquer postura, mesmo que para o meu bem, eu abandono e saio pra viver minha vida sozinho, parece bem melhor.


De fato meu amigo, solteiro, “desigrejado” , financeiramente independente e com um deus só pra você, é melhor você preparar seu caixão, levando em conta que nem todo salário do pecado é morte física. Sendo assim te pergunto: O que a liberdade matou em você? Pense nisso e lembre que somente a verdade nos liberta! – João 8:32


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