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Quando o sexo no casamento é mais pecado que a fornicação


É claro que o título desse texto é exagerado, falar de “mais pecado” ou “pecado maior” talvez não seja a expressão mais correta, tendo em vista que a​ transgressão para Deus é uma só (1 Jo 3:4). Porém me vi in​c​umbido da missão de chamar sua atenção para esse tema que é delicado e ao mesmo tempo pouco tratado.


Talvez o pecado sexual seja um dos mais condenados dentro da igreja, seja​ n​a fornicação, adultério ou homossexualidade, creio que toda essa ofensa que a igreja sente em relação ao sexo tem muito a ver com seu moralismo, é evidente que o pecado sexual gera muito mais escândalo que a mentira por exemplo. Porém infelizmente estamos mais preocupados com a boa fama de nossas comunidade​s​ do que de fato tratar o transgressor, tendo em vista a delicadeza e trabalho que isso gera, desta forma entregamos nossos irmãos as paixões de sua carne, fazendo-os crer que não podem mais vencer seus desejos pecaminoso​s​, afinal até mesmo o corpo a quem eu pertencia, agora ​os​ rejeita.


Já afirmei e reafirmo: A igreja que se diz defensora da família tem investido muito pouco na solidificação da mesma. Vejo poucas comunidades que falam abertamente de sexo com os casados, de rebeldia com​ os ​adolescentes, que oferecem cursos de gestão financeira, educação de filhos, estraté​gias para lidar com transtornos e etc. Parece que só defendemos a família quando se trata de valores morais.


Confundimos autoridade do homem e submissão da mulher com machismo cristão, que subordina as mulheres à homens insensíveis, que as vêem como empregadas em suas tarefas domésticas, babás na criação de seus filhos e prostitutas na prática sexual. Sim, eu sei que é forte essa expressão, principalmente tratando da visão de um homem cristão em relação a sua esposa, mas isso é mais comum do que você imagina.


O que revela esse pensamento não é desvalorização de uma meretriz, mas o utilitarismo da relação sexual, quando a mulher torna-se apenas um objeto de prazer, atendendo todas as compulsões masculinas, servindo seu marido em todas as suas taras, com medo de ser ela a culpada de uma traição por não satisfaze-lo como deveria. Não apenas nesse texto, mas em todos que eu escrevo, me vejo nas linhas, torcendo para eu não ser isso e assim concluo que nem sempre essa ação é intencional, mas sim automática, tudo isso fruto da cultura que somos gerados: Desde os “50 tons de cinza” até 1 Corí​ntios 7:4.

Creio que o amor está na renúncia, nem sempre cuido dela porque estou a fim, mas sim porque a amo e esse amor me dispõe, da mesma forma nem sempre ela se entrega a mim, porque está a fim, mas também porque me ama e esse amor gera nela a disposição. Porém essa linha entre renuncia e utilitarismo é muito ténue e é sempre preciso avaliar quem somos nisso.


Não, não sou legalista, apenas faço perguntas que você não quer responder!




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